O MODELO ITALIANO DO AGRITURISMO: UMA SOLUÇÃO PARA A PEQUENA EMPRESA FAMILIAR* 
22/09 Domingo - 10 h.  *Vídeo conferência com tradução simultânea. 

Carlo Hausmann. Doutor em Ciências Agrárias. Especialista em desenvolvimento rural, produção de alimentos típicos e agriturismo. Gerente geral da AGRO CAMERA de Roma.

Especialista em projetos de desenvolvimento rural, desenvolveu programas de assistência técnica, qualidade, pesquisa e treinamento para produtores rurais, empresas multifuncionais e do agro alimentar. Foi o coordenador técnico do projeto de criação da Fundação Campagna Amica. Colabora há vários anos com a Rede Rural Nacional e com o Conselho Nacional do Agriturismo.   

O agriturismo italiano é estudado em muitos países do mundo porque é considerado um modelo particularmente eficaz na criação de riqueza no campo, favorecendo a fixação familiar rural e a criação de uma fileira de atividades no território local.

O setor foi fundado entre as décadas de 70 e 80 do século passado na Toscana e, desde então, evoluiu e se expandiu por todo o território nacional, alcançando hoje mais de 23.000 empresas.

A idéia básica, incorporada na primeira lei-quadro, é muito simples: favorecer a transformação de uma fazenda em uma empresa multifuncional que pode receber visitantes, oferecendo-lhes a possibilidade de hospedar-se, comprar produtos e consumir refeições com produtos locais. Tudo isso evoluiu rapidamente para uma série de formas extremamente interessantes. Da pequena propriedade  familiar, que oferece excelentes produtos gastronômicos produzidos localmente, às atividades ao ar livre, às fazendas educacionais e às propriedades que oferecem serviços permanentes à pessoa (a chamada agricultura social).

Isso é possível através de regras simples e fáceis de determinar. Essencialmente, existem dois: a "prevalência" (a atividade agrícola deve ser predominante, medida em horas / trabalho) e a "conexão" (todas as atividades de serviço devem estar conectadas à agrícola, no sentido de que deve representar a continuidade dessa).

Tudo isso foi realizado em grande parte em empresas muito pequenas, nas quais todo o grupo familiar está envolvido na construção da oferta de agroturismo.

Em períodos de maior intensidade, outros recursos humanos da família também são chamados para ajudar a empresa.

Até hoje, olhando para o virtuosismo desse caminho, podemos reconhecer alguns pontos fortes sobre os quais esse sucesso foi construído: o local, a dimensão do encontro humano, comida e vinho, atividades recreativas, culturais e educacionais, os valores de natureza e biodiversidade, a experiência de conhecer os atrativos locais ao redor da empresa.